Achei que estava infartando: quando é crise de pânico e não problema cardíaco
- lorenadesouzacardo8
- 20 de set.
- 1 min de leitura
Quando a ansiedade imita um infarto
Quantas vezes não escutei esse relato em consultório: “Doutora, fui ao pronto-socorro achando que estava infartando e descobri que era só ansiedade.” O paciente sente um mal súbito, com taquicardia, dor no peito, falta de ar, suor excessivo e sensação de quase morte. Diante disso, busca a emergência hospitalar.
No pronto-socorro, geralmente são feitos exames como avaliação clínica, sinais vitais, coleta de sangue e eletrocardiograma. Quando todas as hipóteses orgânicas são descartadas, vem a conclusão: foi “apenas” uma crise de pânico.
Por que a avaliação médica é fundamental
Concordo totalmente com essa investigação inicial, pois a psiquiatria é também uma medicina de exclusão: precisamos sempre considerar causas orgânicas que possam estar desencadeando os sintomas.
“Apenas” uma crise de pânico?
Mas há um detalhe importante: discordo do uso da palavra “apenas”. Quem já viveu uma crise de pânico sabe o quanto é uma experiência angustiante e incapacitante. Não se trata de algo simples ou passageiro, mas de um reflexo físico de um desequilíbrio psíquico, que exige cuidado.
Tratamento e prevenção
As crises de pânico exigem acompanhamento adequado e uma análise cuidadosa do estilo de vida. É essencial investigar:
Quais padrões de comportamento tenho mantido?
O que tenho deixado de lado que poderia estar me protegendo?
O papel do psiquiatra é conduzir esse processo investigativo, ajudando não apenas a aliviar os sintomas, mas também a prevenir novas crises e promover qualidade de vida.
Conclusão
As crises de pânico não devem ser minimizadas. Com diagnóstico correto e tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e retomar a vida com mais tranquilidade, segurança e qualidade.







Comentários